Ruídos estranhos - estará o auditório da Antena Um a ouvir ruídos estranhos neste preciso momento? Esperemos que não.
Mas fica o aviso: além do Procurador Geral da Republica, a blogoesfera também anda a ouvir ruídos estranhos desde que, no sábado, numa entrevista de imprensa, o Dr. Pinto Monteiro confessou que não estava seguro de que o seu telefone não possa estar sob escuta...
José António Barreiros, no blog Revolta das palavras sugere que o Procurador se queixe... a ele próprio. E pergunta: “Mas será que ele acredita que o PGR tem força e poder para conseguir evitar que lhe ponham o telefone sob escuta?”
Mais irónico ainda, José Teófilo Duarte, no Blog operatório, não acredita na tese da escuta: “Não estará com certeza a ser escutado, escreve. Sempre é o Procurador-geral da República. Em vez de se ir queixar para a comunicação social, não fazia melhor figura se fosse pôr o telemóvel a reparar?”
Rui Costa Pinto acha da “maior gravidade”, no blog Mais actual, a declaração do procurador e escreve: “A Lei não permite que os serviços de informações, ainda que dependentes do primeiro-ministro de Portugal, façam escutas. O que quererá dizer o PGR? Que os serviços de informações fazem escutas ilegais? (...) A entrevista de Pinto Monteiro não pode cair em saco roto. Não é normal um Procurador-Geral da República vir a público manifestar tal dúvida e fazer questão de dizer que não tem medo de ninguém”.
David Dinis, no blog O Insubmisso, nota uma coincidência relevante:
“O mais estranho na entrevista de Pinto Monteiro ao "Sol" não são os duques que ele diz que lhe saíram na rifa, nem as escutas que garante não controlar. É o facto de dizer isso apenas uns dias depois de ter ido a Belém conversar com Cavaco Silva. Ninguém me convence que não há uma carta escondida neste poker à Monteiro”.
Que carta pode ser essa?
Não sei, sinceramente. Mas não posso deixar de estar de acordo com Miguel Abrantes quando, no blog Câmara Corporativa, e sobre este tema, alarga a questão às ideias gerais do Procurador e escreve;
“Maior consternação está a causar a referência do procurador-geral da República ao baronato do Ministério Público, sempre sequioso de mordomias, rebelde à hierarquia e, em muitos casos, altamente preguiçoso (...). Apesar de estar há um ano à frente do Ministério Público, foi nesta magistratura que Pinto Monteiro começou a sua carreira e certamente sabe do que fala. Feito o diagnóstico, só resta esperar pela terapêutica”.
A saber: a questão das escutas é mais soundbyte do que matéria de fundo, mas nesse caso como no do funcionamento do Ministério Publico, se o Procurador tem o diagnóstico, o povo aguarda a cura dos males maiores.
Mas fica o aviso: além do Procurador Geral da Republica, a blogoesfera também anda a ouvir ruídos estranhos desde que, no sábado, numa entrevista de imprensa, o Dr. Pinto Monteiro confessou que não estava seguro de que o seu telefone não possa estar sob escuta...
José António Barreiros, no blog Revolta das palavras sugere que o Procurador se queixe... a ele próprio. E pergunta: “Mas será que ele acredita que o PGR tem força e poder para conseguir evitar que lhe ponham o telefone sob escuta?”
Mais irónico ainda, José Teófilo Duarte, no Blog operatório, não acredita na tese da escuta: “Não estará com certeza a ser escutado, escreve. Sempre é o Procurador-geral da República. Em vez de se ir queixar para a comunicação social, não fazia melhor figura se fosse pôr o telemóvel a reparar?”
Rui Costa Pinto acha da “maior gravidade”, no blog Mais actual, a declaração do procurador e escreve: “A Lei não permite que os serviços de informações, ainda que dependentes do primeiro-ministro de Portugal, façam escutas. O que quererá dizer o PGR? Que os serviços de informações fazem escutas ilegais? (...) A entrevista de Pinto Monteiro não pode cair em saco roto. Não é normal um Procurador-Geral da República vir a público manifestar tal dúvida e fazer questão de dizer que não tem medo de ninguém”.
David Dinis, no blog O Insubmisso, nota uma coincidência relevante:
“O mais estranho na entrevista de Pinto Monteiro ao "Sol" não são os duques que ele diz que lhe saíram na rifa, nem as escutas que garante não controlar. É o facto de dizer isso apenas uns dias depois de ter ido a Belém conversar com Cavaco Silva. Ninguém me convence que não há uma carta escondida neste poker à Monteiro”.
Que carta pode ser essa?
Não sei, sinceramente. Mas não posso deixar de estar de acordo com Miguel Abrantes quando, no blog Câmara Corporativa, e sobre este tema, alarga a questão às ideias gerais do Procurador e escreve;
“Maior consternação está a causar a referência do procurador-geral da República ao baronato do Ministério Público, sempre sequioso de mordomias, rebelde à hierarquia e, em muitos casos, altamente preguiçoso (...). Apesar de estar há um ano à frente do Ministério Público, foi nesta magistratura que Pinto Monteiro começou a sua carreira e certamente sabe do que fala. Feito o diagnóstico, só resta esperar pela terapêutica”.
A saber: a questão das escutas é mais soundbyte do que matéria de fundo, mas nesse caso como no do funcionamento do Ministério Publico, se o Procurador tem o diagnóstico, o povo aguarda a cura dos males maiores.
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