Uma busca de Internet rapidamente chegaria a essa obtusa conclusão: a expressão mais usada em língua portuguesa neste fim de semana na blogoesfera foi, obviamente, “Porreiro, pá!”.
Um descuido feliz – raro acontecer, não é? – dizia, um descuido feliz do primeiro ministro depois de uma longa maratona diplomática originou essa propagação imediata da expressão que José Sócrates segredou a Durão Barroso mas foi ouvida por todos.
Vamos ver o que encontro na blogoesfera…
Bruno Alves no blog Insurgente desvaloriza os acordos europeus:
“Sócrates quer fazer da “sua” Presidência da UE um sucesso aos olhos da “Europa”, para mais uma vez se engrandecer aos olhos dos eleitores nativos. Veja-se o que se passou esta semana: Portugal perde poderes no quadro institucional da UE, e não há uma palavra do Primeiro-Ministro sobre o assunto. A UE dá um gigantesco salto em frente, e não há uma reflexão do Primeiro-Ministro. Apenas se ouvem da sua parte (…) a sua habitual frase de que “este é um momento histórico”
Bruno Cardoso Reis no blog Amigo do Povo é mais optimista e crédulo. Escreve:
“Sinto-me tentado a acreditar (…) que Portugal nunca teve tanto peso efectivo no coração Europa como hoje. (…) Ilusões, dirão. Independência, independência - soberania mesmo face à Europa - era com Salazar. Tal seria, suponho, quando a tropa portuguesa andava a combater em África com camiões e metralhadoras alemãs e helicópteros franceses. Ou então talvez, logo depois, quando o pessoal revolucionário, que agora se reciclou em bloco, rebentou soberanamente com a economia de tal maneira que pôs o FMI a mandar cá em vez do BCE. Bons tempos, dirão! Talvez. E que tal fazer um referendinho sobre o assunto?”.
Valupi, no blog Aspirina B, certamente concordaria porque acrescenta: “A bebedeira da imbecilidade não vai conseguir entornar o facto: a presidência portuguesa esteve à altura do desafio, ou terá superado as expectativas, mostrando capacidades técnica e política irrepreensíveis”
O jornalista João Pedro Henriques, no blog Glória Facil, observa que
"José Pacheco Pereira já produziu 27 posts intitulados "A fuga em frente da Europa", mas nada de comentar o Tratado de Lisboa". Aliás, vai-se ao blog Abrupto e o que se encontra por lá são opiniões dos leitores do blog. Um exemplo, o de Telmo Martins que aproveita o blog de Pacheco para pedir de joelhos:
“Afinal alguém me aclara quantos Tratados foram assinados nestes dois últimos dias!? A julgar pela massiva difusão televisiva parece tratar-se de vários! Quais as implicações que acarretam para a vida dos povos europeus em geral, e para os portugueses em particular, para os 200 mil que estiveram na rua e para os outros que não estiveram”… Perguntas, tantas perguntas…
Na verdade, parece evidente que o Tratado de Lisboa é documento que ninguém conhece. Também parece óbvio que, ainda assim, merece palpites e opiniões de todos.
Por mim, vou estar atento à blogoesfera - a ver se por ela saberei melhor e mais claramente o que por ali se passou no Parque das Nações. Até agora, nada de nada.
Um descuido feliz – raro acontecer, não é? – dizia, um descuido feliz do primeiro ministro depois de uma longa maratona diplomática originou essa propagação imediata da expressão que José Sócrates segredou a Durão Barroso mas foi ouvida por todos.
Vamos ver o que encontro na blogoesfera…
Bruno Alves no blog Insurgente desvaloriza os acordos europeus:
“Sócrates quer fazer da “sua” Presidência da UE um sucesso aos olhos da “Europa”, para mais uma vez se engrandecer aos olhos dos eleitores nativos. Veja-se o que se passou esta semana: Portugal perde poderes no quadro institucional da UE, e não há uma palavra do Primeiro-Ministro sobre o assunto. A UE dá um gigantesco salto em frente, e não há uma reflexão do Primeiro-Ministro. Apenas se ouvem da sua parte (…) a sua habitual frase de que “este é um momento histórico”
Bruno Cardoso Reis no blog Amigo do Povo é mais optimista e crédulo. Escreve:
“Sinto-me tentado a acreditar (…) que Portugal nunca teve tanto peso efectivo no coração Europa como hoje. (…) Ilusões, dirão. Independência, independência - soberania mesmo face à Europa - era com Salazar. Tal seria, suponho, quando a tropa portuguesa andava a combater em África com camiões e metralhadoras alemãs e helicópteros franceses. Ou então talvez, logo depois, quando o pessoal revolucionário, que agora se reciclou em bloco, rebentou soberanamente com a economia de tal maneira que pôs o FMI a mandar cá em vez do BCE. Bons tempos, dirão! Talvez. E que tal fazer um referendinho sobre o assunto?”.
Valupi, no blog Aspirina B, certamente concordaria porque acrescenta: “A bebedeira da imbecilidade não vai conseguir entornar o facto: a presidência portuguesa esteve à altura do desafio, ou terá superado as expectativas, mostrando capacidades técnica e política irrepreensíveis”
O jornalista João Pedro Henriques, no blog Glória Facil, observa que
"José Pacheco Pereira já produziu 27 posts intitulados "A fuga em frente da Europa", mas nada de comentar o Tratado de Lisboa". Aliás, vai-se ao blog Abrupto e o que se encontra por lá são opiniões dos leitores do blog. Um exemplo, o de Telmo Martins que aproveita o blog de Pacheco para pedir de joelhos:
“Afinal alguém me aclara quantos Tratados foram assinados nestes dois últimos dias!? A julgar pela massiva difusão televisiva parece tratar-se de vários! Quais as implicações que acarretam para a vida dos povos europeus em geral, e para os portugueses em particular, para os 200 mil que estiveram na rua e para os outros que não estiveram”… Perguntas, tantas perguntas…
Na verdade, parece evidente que o Tratado de Lisboa é documento que ninguém conhece. Também parece óbvio que, ainda assim, merece palpites e opiniões de todos.
Por mim, vou estar atento à blogoesfera - a ver se por ela saberei melhor e mais claramente o que por ali se passou no Parque das Nações. Até agora, nada de nada.
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