O lançamento foi bem feito: debates, reportagens de imprensa, fóruns de rádio: o documentário “Guerra”, que Joaquim Furtado preparou na última dezena de anos, dedicado à Guerra ultramarina portuguesa dos anos 60 e 70, criou enorme expectativa e foi seguramente um recordista de audiência na noite de ontem:
Shyznogud, no blog Womenage a trois, confessava-se expectante, e como ela muitos outros blogs por onde passei. Aliás, a polémica nasceu antes da estreia, com o nome do programa e com o debate no “Prós e Contras” de segunda-feira. Exemplo, que encontrei no blog Grande Loja do Queijo Limiano num texto assinado por José:
“A linguagem em Portugal continua a ser a da Esquerda. E para não se notar muito, Joaquim Furtado capou o termo. Em vez de Ultramar, chamou-se simplesmente Guerra. Não chega. É tempo de perceber que os termos usados para designar as coisas, são os que as designavam no devido tempo. E nesse tempo, era efectivamente Guerra do Ultramar, o termo certo para o acontecimento. Guerra colonial, foi termo apócrifo, divulgado logo depois do 25 de Abril de 1974, pela Esquerda, toda a esquerda, a reboque do PCP e do PS.
Pergunta-se: qual o termo certo, para designar a Guerra em África? A do tempo em que ela decorreu, ou seja, Guerra do Ultramar, ou a do tempo em que se procurou acabar com a mesma, de qualquer maneira, como de facto aconteceu?”
Lançada a polémica, arrancou a exibição do documentário. Vai dar muito que falar, não tenham duvidas. A amostra inicial já diz coisas...
“Vi o primeiro episódio e gostei, escreve Carlos Abreu Amorim no Blasfémias. A série promete. Imagens hiper-realistas, testemunhos credíveis e um fio narrativo fiel aos factos mas muito interessante. O retrato de um país alheado, com uma liderança impreparada que nunca percebeu o ultramar e os seus problemas”.
José António Barreiros no blog Revolta das Palavras adivinha o que aí vem:
“O Joaquim Furtado fez em televisão uma série de episódios que vão rasgar feridas que estão ainda mal saradas na pele dos portugueses. Trata-se da guerra, a do Ultramar, a colonial, a de libertação, a guerra. Uma guerra em que ele procurou não glorificar um dos campos contendores, o que corre o risco de desagradar a todos, aos que sentem merecer em troca do sofrimento os louros de uma medalha, para que tudo não haja sido em vão”.
João Vasconcelos Costa, no Bloco de notas, não perdeu tempo na análise ao arranque da série:
“ Devia esperar, reflectir, amadurecer a escrita, mas não resisto, escreve. Há alturas em que não se pode travar a alma. Parabéns, RTP, parabéns, Joaquim Furtado. Já não era sem tempo. Exorcismo, catarse, informação, cada um verá estes documentários à sua maneira, mas certamente sem a frieza de olhar de revés para telelixo, entre coca cola e pastilha elástica”A guerra colonial apaixona, mexe connosco, mexe com o passado e as convicções e as paixões. Esta série vai mexer com o país – e a primeira amostra aqui ficou.
Shyznogud, no blog Womenage a trois, confessava-se expectante, e como ela muitos outros blogs por onde passei. Aliás, a polémica nasceu antes da estreia, com o nome do programa e com o debate no “Prós e Contras” de segunda-feira. Exemplo, que encontrei no blog Grande Loja do Queijo Limiano num texto assinado por José:
“A linguagem em Portugal continua a ser a da Esquerda. E para não se notar muito, Joaquim Furtado capou o termo. Em vez de Ultramar, chamou-se simplesmente Guerra. Não chega. É tempo de perceber que os termos usados para designar as coisas, são os que as designavam no devido tempo. E nesse tempo, era efectivamente Guerra do Ultramar, o termo certo para o acontecimento. Guerra colonial, foi termo apócrifo, divulgado logo depois do 25 de Abril de 1974, pela Esquerda, toda a esquerda, a reboque do PCP e do PS.
Pergunta-se: qual o termo certo, para designar a Guerra em África? A do tempo em que ela decorreu, ou seja, Guerra do Ultramar, ou a do tempo em que se procurou acabar com a mesma, de qualquer maneira, como de facto aconteceu?”
Lançada a polémica, arrancou a exibição do documentário. Vai dar muito que falar, não tenham duvidas. A amostra inicial já diz coisas...
“Vi o primeiro episódio e gostei, escreve Carlos Abreu Amorim no Blasfémias. A série promete. Imagens hiper-realistas, testemunhos credíveis e um fio narrativo fiel aos factos mas muito interessante. O retrato de um país alheado, com uma liderança impreparada que nunca percebeu o ultramar e os seus problemas”.
José António Barreiros no blog Revolta das Palavras adivinha o que aí vem:
“O Joaquim Furtado fez em televisão uma série de episódios que vão rasgar feridas que estão ainda mal saradas na pele dos portugueses. Trata-se da guerra, a do Ultramar, a colonial, a de libertação, a guerra. Uma guerra em que ele procurou não glorificar um dos campos contendores, o que corre o risco de desagradar a todos, aos que sentem merecer em troca do sofrimento os louros de uma medalha, para que tudo não haja sido em vão”.
João Vasconcelos Costa, no Bloco de notas, não perdeu tempo na análise ao arranque da série:
“ Devia esperar, reflectir, amadurecer a escrita, mas não resisto, escreve. Há alturas em que não se pode travar a alma. Parabéns, RTP, parabéns, Joaquim Furtado. Já não era sem tempo. Exorcismo, catarse, informação, cada um verá estes documentários à sua maneira, mas certamente sem a frieza de olhar de revés para telelixo, entre coca cola e pastilha elástica”A guerra colonial apaixona, mexe connosco, mexe com o passado e as convicções e as paixões. Esta série vai mexer com o país – e a primeira amostra aqui ficou.
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