quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Cabazadas

Já não sei como começou a história, mas sei que encontrei este post de Pedro Marques Lopes no blog “31 da Armada”, e percebi que começava ali, ou por ali passava, uma polémica divertida. Escrevia ele:
“Ando divertidíssimo com a histeria colectiva que a nossa selecção de Rugby anda a provocar. Subitamente, as pessoas que tanto criticam os nossos jogadores de futebol quando estes perdem, resolvem glorificar uns rapazes que vão levar cabazadas ao mundial da modalidade. Para tal, basta uma boa campanha de marketing, umas declarações grandiloquentes sobre a pátria, umas lagrimitas durante o hino e já está.
A mais risível das coisas é justificar as mais que previsíveis derrotas humilhantes com o “grande” argumento de que aqueles rapazes são amadores. E então?”
Daqui para diante, dá para imaginar o que se segue? Dá.
João Villalobos, no blog “Corta fitas”, responde-lhe à letra:
“Amanhã estamos lá outra vez e perdemos por menos. Depois de amanhã voltamos a estar e ganhamos. Deliro? Extravaso a minha culpa por ter recusado ingressar nas fileiras do Dramático do Cascais há anos sem fim? Quiçá. Mas, se agora os Lobos levarem inevitáveis «cabazadas», estou certo de que mesmo assim a sua presença no Mundial vai - obrigatoriamente - provocar várias consequências: atrair mais praticantes; fazer com que os patrocinadores olhem de outra forma para a modalidade; criar uma maior solidez no treino de todas as equipas. E tudo isto é bom, nada disto é fado”
Vasco Barreto, no blog “Memória inventada”, vai mais longe e critica os comentadores:
“Parabéns aos amadores de râguebi pela presença no mundial, mas desde quando precisamos dos desportos amadores para dizer mal do Scolari? Haja brio no acto de insultar.”
A discussão vai alta... Nuno Ramos de Almeida atira achas para a fogueira:
“A vantagem da selecção nacional de futebol, em comparação à de râguebi, é que, tendo mais jogadores brasileiros (e menos argentinos) e muito menos betos, não fazem aquela figura a cantar o hino".
Maradona, essa autoridade nacional no desporto, no blog “A Causa Foi modificada”, esclarece por fim: de acordo com o post de Pedro Marques Lopes, mas Ana Matos Pires fez, na sua “modesta opinião”, o melhor comentário do ano: «Bem, que ataque de mau feitio, Pedrinho». Não era preciso ver os cabelos dos nossos jogadores de rugby para adivinhar que este é o típico comentário de uma adepta de rugby”, remata Maradona.
Isto é, e agora digo eu: entre os adeptos da modalidade e os pára-quedistas de última hora, isto hoje parecia mesmo um combate de boxe, nada de rugby nem jogo de bola...
Volto amanhã com mais notícias desse mundo de lá, neste dia com bola e tudo...

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