quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O debate ou "uma espécie de campeonato da segunda circular"...

Não estava em casa, não tinha um televisor ao alcance, por isso só reconheci o duelo televisivo entre Marques Mendes e Luís Filipe Menezes quando passeei pela blogoesfera, tarde e a más horas, e notei que alguns blogues acompanharam o debate em directo, minuto a minuto.
No blog "Blasfémias", coube a LR cobrir o confronto. Lendo os seus posts, parece evidente que Mendes terá dado cartas, mas o melhor está na reprodução deste interessante diálogo entre os candidatos a líder do PSD:
«- Tu não me deixas fazer oposição em paz! - queixa-se Mendes.
- Porque tu não sabes fazê-la, nem um debate ganhaste ao Sócrates - replica Menezes
- Só sabes fazer-me oposição interna - continua Mendes com o queixume.
- Também a fizeste ao Barroso e ao Santana Lopes - responde Menezes com "estocada fortíssima"».
O "Blasfémias" acompanhou o debate minuto a minuto, como também fez Paulo Pinto Mascarenhas no blogue “Atlântico”. Neste caso, com conclusões:
“Mendes está a ganhar o debate, está mais seguro e é mais convincente”, escreveu o director da revista e acrescentou: “Mas a diferença de credibilidade entre Menezes e Mendes na corrida para líder do partido, é a mesma que existe de Mendes para Sócrates. Mendes pode ganhar o PSD, mas dificilmente ganhará o país”.
Também em jeito de balanço, Paulo Gorjão no "Bloguitica" diz: “Suponho que ficou tudo como estava. Luís Marques Mendes não precisava de ser brilhante. Muito simplesmente o que se lhe pedia era que passasse pela prova de fogo sem se chamuscar, o que foi plenamente conseguido. Luís Filipe Menezes necessitava de conseguir o impossível. Não estamos, porém, em época de milagres”
Já Rui Costa Pinto, no blog "Mais Actual", entende que Luís Filipe Menezes teve uma “vitória à tangente”, e espera pelo próximo debate para ver se Menezes "bate" mais em Mendes.
Fecho a passeata no blog “31 da Armada”, com Pedro Marques Lopes, que reduz tudo, e bem, ao essencial: “Uma espécie de campeonato da segunda circular” . Explica:
“O que estaria em causa seria a escolha da pessoa que teria a responsabilidade de defrontar José Sócrates nas próximas eleições legislativas. Só que a realidade é muito diferente. Quando muito o que os militantes vão escolher é qual dos dois seria o derrotado nessas eleições. A verdade é que se as circunstancias se alterarem e existir uma possibilidade de Sócrates ser derrotado, nenhum destes dois será o candidato do PSD, ou seja, se por infelicidade nossa for um destes senhores o eleito quer dizer que o PS já ganhou as próximas legislativas”.
Pronto: não vi televisão, não vi o debate. Cheguei a casa, liguei o computador, e percebi o essencial.

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